quarta-feira, 7 de março de 2012

Na prevenção do câncer, pesquisa da Unifran realiza testes com o fruto-do-lobo.

Carla Carolina Munari
Entre as inúmeras pesquisas realizadas pelo Laboratório de Citogenética e Mutagênese da Unifran, uma delas realizada pela doutoranda em Ciências, Carla Carolina Munari, se refere ao extrato do fruto do solanum lycocarpum, popularmente conhecido como fruto-do-lobo, muito utilizado na medicina popular para redução dos níveis de colesterol.

A utilização de plantas medicinais tem popularidade crescente dia após dia sobre a medicina tradicional, se tornando uma abordagem alternativa para o tratamento de várias doenças. No entanto, as evidências científicas sobre a eficácia dessas plantas são limitadas e muito pouco se conhece sobre o seu modo de ação. Portanto, se faz importante entender não apenas a eficiência e o seu modo de ação, mas também conhecer os seus possíveis efeitos tóxicos. Nesse sentido, a aluna Carla vem desde a graduação trabalhando com testes de citogenética e mutagênese na Unifran. Em seu doutorado Carla realiza ensaios de toxidade com o extrato do fruto-do-lobo a fim de saber o nível tóxico deste composto para as células, além de realizar ensaios mutagênicos, para saber se o uso do extrato pode causar alguma alteração sobre o material genético (DNA). “Tudo isso tem como objetivo alertar a população sobre a segurança do que eles estão ingerindo e informar a maneira e dosagem mais correta de utilizar o extrato”, completa.

São realizados também testes com duas substâncias isoladas presentes no fruto-do-lobo, são a solamargina e solasonina. Os testes avaliam o potencial dessas substâncias em inibir a proliferação de células tumorais. “Resultados positivos já foram encontrados como, por exemplo, a inibição da proliferação de células tumorais por essas duas substâncias, inclusive, com resultados melhores que alguns quimioterápicos já existentes no mercado”, disse ela.

No entanto, Carla deixa claro que “Os resultados são preliminares, pois são testes feitos somente com células in vitro, e para que essas substâncias possam ser usadas para o tratamento em humanos, são necessários muitos estudos”. Algo que ela tem se dedicado diariamente nos laboratórios da Unifran.

A pesquisa é realizada sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Denise Crispim Tavares e conta com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), por meio de uma bolsa de doutorado concedida a aluna Carla Carolina Munari. Além do apoio da Universidade, do Programa de Pós-Graduação em Ciências (Mestrado e Doutorado) e agências de fomento do Brasil.

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